Bragança: 246 anos

Bragança Paulista completa 246 anos de fundação nesta terça-feira, 15 de dezembro. As atividades comerciais, empresariais e públicas serão normais nesta terça-feira, isso porque o feriado aconteceu no último dia 8 de dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da cidade.

EVENTOS

Nesta terça-feira, 15, haverá show do grupo “Inimigos da HP”, com o sorteio das cartinhas da Campanha dos Brinquedos, na concha acústica, partir da 20h00. Antes, porém, a bateria da Escola de Samba Nove de Julho se apresenta ao público trazendo suas evoluções e ritmo que prenunciam o Carnaval/2010.

Na quarta-feira, 16, a Orquestra de Viola Caipira “Canto das Montanhas”, de Piracaia, se apresenta, a partir das 19h00, no Pergolado da Praça Raul Leme, Centro; na quinta-feira, 17, a partir das 19h00, apresentação do Coral Jovem da Escola Adventista, no Coreto do Jardim Público; de sexta-feira, 18, a terça-feira, 22, no período entre as 15h00 e 18h00, continua a entrega dos brinquedos às crianças que enviaram carta ao Papai Noel, pelos gestores do Fundo Social de Solidariedade na Casa do Papai Noel, no Jardim Público. Ainda na sexta-feira, 18, a partir das 20h00, Musical de Natal - “Procura-se o Natal” - Família Debaixo da Graça, no Pergolado da Praça Raul Leme, Centro.


HISTÓRIA

O território de Bragança Paulista está situado na região sudeste do Estado de São Paulo, em meio às montanhas da Serra da Mantiqueira. Diz a história que a expedição de D. Francisco de Souza, depois de atravessar o sul de Minas Gerais, descobriu o Pico do Lopo, nas imediações da atual cidade de Vargem, e ali acampou. Esta é a primeira notícia que se tem de alguém ter pisado em terras bragantinas. Anos depois, em 1725, Bartolomeu Bueno da Silva (o segundo Anhanguera) percorreu a região bragantina e, com a descoberta de ouro no centro do país, o município se transformou em passagem obrigatória dos aventureiros das ‘entradas’ e ‘bandeiras’.

A cidade fundada em 15 de dezembro de 1763 por Antônio Pires Pimentel e sua esposa Ignácia da Silva Pimentel, moradores no então Distrito de Paz de Atibaia, em razão do cumprimento de uma promessa. Eles construíram uma capela em louvor a Nossa Senhora da Conceição, numa colina à margem direita do Ribeirão Canivete, hoje Ribeirão do Lavapés, afluente do Rio Jaguari. Na época, Antônio Pires Pimentel estava doente e desenganado pelos médicos. Então sua esposa Ignácia fez uma promessa pela saúde do marido e alcançou a graça. Em agradecimento, o casal construiu a capela para venerar a santa.

A partir de então os arredores da capela passaram a servir de local descanso para os tropeiros que por ali passavam. Assim surgiram ranchos e barracas no local onde hoje está a Catedral de Nossa Senhora da Conceição e região central da cidade. O pequeno povoado, daquela época, recebeu o nome de Conceição do Jaguary, que tem como data de fundação o dia 15 de dezembro de 1763.

Em outubro de 1797, a Paróquia é elevada à Vila chamada de Nova Bragança, nome ligado à tradição portuguesa. A Vila passa a denominar-se Bragança em 1856 e em 1944, para diferenciar-se da cidade do Pará com mesmo nome, torna-se ‘Bragança Paulista’ elevada à Estância Climática em 1964.

Atualmente, Bragança Paulista possui cerca de 140 mil habitantes, segundo dados do IBGE.


COMENTÁRIOS

- É de muito mau gosto a Administração Municipal promover como atração principal para a comemoração dos 246 anos do município um grupo de pagode característico da indústria musical, preocupada somente em ganhar dinheiro e que nem sempre dá importância para a qualidade musical. Nada cultural.

- Em relação aos demais eventos a Prefeitura está de parabéns. Uma programação bastante variada.

- Não há dúvidas de que a história de Bragança Paulista é muito bonita. Sua fundação deu-se a partir de um gesto de fé, que até hoje marca esse povo, em geral muito religioso e respeitoso às tradições. Bragança tem uma identidade cultural muito forte.

- Apesar de ter essa identidade cultural e um povo ordeiro, Bragança Paulista teve um aumento significativo na marginalização. A população cresce de forma desordenada e a Administração Municpal não dá conta de atender as necessidades de seus contribuintes. Mas esse é um problema de todo o Brasil e Bragança, a exemplo da maioria dos municípios, não escapa de estar sujeita ao caos.

- Talvez por Bragança Paulista ser uma cidade pequena, os políticos daqui tratem-na como tal. Estamos apenas saindo do coronelismo, de forma bastante atrasada, mas estamos nos livrando de "senhores" que querem ser donos da cidade. No entanto, ainda prevalece o favorecimento a "amigos" e parentes dos que estão no poder, independentemente da competência e do preparo para ocupar um cargo público. Sendo assim, com a "política do compadrio" em voga, a cidade cresce num ritmo lento e desordenado.

- Por último, podemos destacar de maneira positiva, dois setores da Administração Municipal que têm procurado melhorar a imagem retrógrada do município: a Secretaria de Trânsito, comandada por Sérgio Pereira da Silva, que recentemente implantou um dos mais modernos sistemas de monitoramento eletrônico do Brasil e principalmente a Secretaria de Cultura e Turismo, na figura do secretário Alessandro Sabella, que mesmo com escassas verbas, consegue levar à população uma boa e atrativa programação cultural.

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