Bragança Paulista sem comando
Mais um ano se passou e Bragança abre 2010 à deriva. Após as eleições de 2008 acreditava-se que a partir de 2009 o prefeito João Afonso Sólis (Jango), eleito nas urnas, conseguiria enfim, implantar seu estilo de governo, já que não havia tido essa oportunidade no primeiro mandato por ter substituído o cassado prefeito Jesus Chedid. Os principais motivos apontados pelo prefeito para que não fosse possível governar como queria era que ele havia pego o "barco andando" e tinha uma série de fatores desfavoráveis como um plano de governo prejudicado pela falta de tempo, minoria na Câmara de Vereadores, "mídia contra", como diz, entre outros.
No entanto, o que se percebe até aqui é que ao mesmo tempo que é afável, Jango, que sempre disse ser democrático, acabou sendo democrático demais e foi sugado por maus elementos de sua equipe de governo e por aproveitadores que "trocaram" de grupos políticos para abocanhar dinheiro público.
Essas pessoas não têm noção de que por ocupar um cargo público são obrigadas a trabalhar em favor do povo, são voltadas apenas para o interesse próprio e assim há um grande conflio de ideais em que um quer levar mais vantagem que o outro. Nota-se uma ganância sem precedentes.
Enquanto isso obras continuam atrasadas, funcionários com cargos de confiança aumentam, da mesma forma que seus salários e o de assessores e secretários.
Em função desse desgoverno, “do fogo amigo”, e da inação do prefeito para dirimir essas questões, nomes importantes e sérios deixaram a administração (Januzzi, Pedro Oscar, Julio Colombi, Valter Alexandre e Sabella são alguns exemplos).
Desta vez não há desculpas. O prefeito teve a oportunidade de montar sua equipe, escolher seus assessores, fazer um plano de governo e ainda conta com maioria na Câmara Municipal (ao menos 9 dos 11 vereadores o apoiam)e com uma emissora de rádio e um jornal ao seu dispor.
Se não melhorar, ao final de seu mandato a população de Bragança Paulista poderá dizer que Jango chegou com pinta de grande timoneiro, mas não soube conduzir um barco que estava pronto para ele. Torcemos para que isso mude o mais rápido possível e que em 2012, ao final de seu mandato, possamos tecer mais elogios do que críticas.
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